CURA DA VENERÁVEL PAULINA MARIA JARICOT

GRANDE MILAGRE DE MUGNANO: CURA DA VENERÁVEL PAULINA MARIA JARICOT
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O grande Milagre de Santa Filomena na Venerável Paulina Maria Jaricot.
É chamado de o grande milagre, pois o Papa Gregório XVI declarou que este era um milagre de primeira classe, este foi o milagre que foi a causa imediata de ser instituído na Igreja o ofício e as festas de Santa Filomena, além de tornar a querida santinha conhecida por toda parte.
Paulina Maria Jaricot era filha de pais, ricos e herdara uma grande fortuna. Tinha uma formosura surpreendente era alvo de admiração geral nos centros mais inteligentes. Era também inteligente, alegre e possuía um coração terno e bondoso.
Ainda muito nova perdeu sua querida mãe e foi acometida por uma terrível enfermidade, que lhe atacou o corpo e o espírito. Esta provação foi demorada e dolorosa.
Depois de uma trégua, logo veio uma doença ainda mais grave  
O relato de Paulina Maria Jaricot sobre sua doença:
“A enfermidade atacava principalmente o coração, as palpitações, à medida que aumentava o mal, tornavam-se mais violentas, podendo ser ouvidas até a distância. Qualquer pequeno movimento ou mudança de posição era o bastante para me fazer afluir o sangue ao coração com precipitada violência, pondo-me em risco iminente de sufocação.”
“Via-me obrigada a permanecer estendida e inteiramente imóvel, com receio de que a excessiva pressão do sangue nas artérias as fizesse rebentar. Na parte do peito onde as palpitações eram mais violentas, formou-se, gradualmente, uma cavidade, onde se alojavam os alimentos que eu tentava engolir, tornando-se assim, ainda muito maior o perigo de sufocação. Os médicos, então fizeram-me duas punções na ilharga, tentando retardar o progresso da doença.”
“Tive alguns curtos intervalos de alívio. A mais apreciável destas tréguas foi no fim de uma novena feita a Santa Filomena. O corpo desta virgem mártir havia sido recentemente descoberto e os casos maravilhosos, sucedidos por influência das suas relíquias eram extraordinários. Invadia-me intensa alegria e o ardente desejo de ir ajoelhar junto da urna da excelsa virgem. ”
“Tive a súbita inspiração de ir ao Santuário do Sagrado Coração de paray-le-Monial. O médico disse: Deixem-na lá, deixem-na ir, que não irá muito longe”
“As poucas pessoas que souberam de minha partida diziam: “ Não chega com vida à primeira paragem da jornada”

Chegou perfeitamente disposta ao fim de sua viagem e disse consigo: “ A primeira jornada não me matou, portanto vou a Roma para obter a benção do Santo Padre’  
Uma viagem para Roma era muito difícil, se viajava de carruagem através dos Alpes, e se percorriam enormes extensões de território selvagem e deserto, infestado por bandoleiros.
Para uma pessoa no estado de fraqueza em que se achava Paulina, e com tão fraca escolta, era um grande perigo a viagem.
A sua fraqueza atingira o máximo grau, e ela perdeu completamente os sentidos, permanecendo inconsciente durante dois dias inteiros. As recolhidas do convento que havia na cidade fizeram uma novena a Santa Filomena, quando concluíram as preces, a doente estava muito melhor e a viagem continuou
Ainda enfrentou uma camada de neve nos caminhos dos Alpes, em que o caminho era vagaroso e difícil..
“Eu nada receava, nem bandoleiros, nem os espíritos das trevas, porque estávamos sob a proteção de Nossa Senhora e Santa Filomena. Levávamos suspensas na carruagem, medalhas com as suas imagens e igualmente déramos uma aos condutores.”
Novamente a doente teve uma recaída, teve alguns dias de descanso, continuou sua jornada. As crises foram frequentes e quando chegou a Roma, estava quase inconsciente.
O Santo Padre Gregório XVI teve conhecimento de sua chegada e sabendo o estado de esgotamento foi visita-la.
O Papa disse que estava grato por tudo que ela havia feito, louvou a sua grande coragem e ardente fé.
Paulina então disse ao Papa: “ Quando regressar de Mugano, vier boa e for caminhando com meus pés ao Vaticano, Vossa Santidade quererá dignar-se proceder sem demora a investigação final sobre o processo de Santa Filomena?
Sim, minha filha, com certeza. Por que este fato seria, na verdade, um milagre de primeira classe.
O Papa disse para a Superiora em italiano: Muito doente está nossa filha! Dá-me a impressão de que se levantou da sepultura para vir aqui. Nunca mais a tornamos a ver. Não torna a voltar.”
Estava em agosto, e o calor era sufocante. O pequeno grupo partiu para Mugnano e chegaram no santuário na véspera da festa de Santa Filomena.
As pessoas de Mugnano vendo a situação que se encontrava Paulina, tudo que havia passado e os milagres que tinha conseguido para chegar até ali diziam: “ Querida Santa Filomena, tendes de curar esta pobre senhora, que veio de tão longe para implorar vossa misericórdia. Ela já fez bastante pela causa de Deus e da Virgem, para vos merecer a sua cura.’
No dia da festa de Santa Filomena, Paulina, recebeu a Sagrada Comunhão junto da urna de Santa Filomena, foi atacada por tão horríveis dores em todo o corpo, começou a pulsar o coração tão violentamente, que desmaiou.
Levaram Paulina para fora da Igreja, que recuperou os sentidos.
De repente, brota-lhe dos olhos uma cascata de lágrimas ardentes, as faces se tornam rosadas e um doce e vivificante calor lhe percorreu os membros.
Não era a morte que passara perto de Paulina, era a vida!
Santa Filomena havia curado Paulina!
O superior do Santuário sabendo o que tinha sucedido, ordenou que todos os sinos repicassem para anunciar o milagre.

A multidão manifestou frenética alegria.
Paulina ainda ficou um tempo em Mugnano, passava longas horas em conversa aos pés de sua celestial benfeitora.
Chegou o dia da despedida, Paulina tomou consigo uma grande relíquia de Santa Filomena, colocou-a dentro de uma imagem da Santa, que revestiu com roupas reais e deu-lhe o lugar de honra na carruagem, sendo por todas aclamada como ‘Princesa do Paraíso’
Chegaram a Roma. Todos aqueles que tinham ouvido falar nela, ficaram assombrados. O Papa disse: “Mas é realmente a minha filha? É uma defunta que se ergueu da sepultura ou quis Deus manifestar em seu favor o poder da Virgem Mártir(Filomena)”
“Sou eu mesma, Santíssimo Padre, sou eu, a quem Vossa Santidade viu, há tão pouco tempo verdadeiramente às portas da morte, e para quem Santa Filomena olhou com piedade. Uma vez que ela me restituiu a vida, peço-vos, Santo Padre, que vos digneis dar-me licença para eu construir uma capela em honra da minha benfeitora”
O Papa disse: “Mas sem dúvida alguma”

O Santo Padre ainda pediu para Paulina ficasse mais um ano em Roma, para que o milagre pudesse ser confirmado com o maior rigor possível. O que de fato aconteceu e a fama de Santa Filomena só se confirmou e espalhou ainda mais.  

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